quarta-feira, 14 de outubro de 2009

O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO







(Dado Dolamerda)



Humoristas do Brasil

Esta coluna é dedicada aos verdairos humoristas do Brasil: os políticos. Afinal de contas, eles robam a cena dos profissionais humoristas ou eles tornam o trabalho dos humoristas mais fácil?

Brizola, em mais uma de suas respostas fantásticas, dá uma sentada na repórter, chamando-a de drogada, depois que ela tentou colocá-lo numa sinuca de bico.






Marxistas ou Padres que não leram o Evangelho?

É lugar comum ver as pessoas minimizando a obra de algum pensador. Existem alguns que estão na lista como os preferidos nas conversar de bar e nos DAs e DCEs universitários. Como já bem disse Mário Quintana no livro Caderno H, até a filosofia não está imune à moda: “Primeiro foi o Sartre, depois o Marcuse – lembram-se? – e agora – quem é que não sabe?- é o Mac-Luhan. Pobres filósofos...Qual será a próxima vítima?”
Bem sabemos, que os filósofos da moda atual são Nietzsche, Schopenhauer e, desde de 1973, quando Quintana escreveu o Caderno H, Sartre. Entretanto, existe um pensador que entra ano sai ano, tem o seu nome mencionado em todos os ambientes propícios para o exibicionismo intelectual: Karl Marx.
Marx é uma religião no sentido mais claro, uma vez que a maioria dos “seguidores” o adora sem ao menos conhecer profundamente sua doutrina. Isso mostra uma fé semelhante à fé religiosa: resignada e sem questionamento.
O que eu não entendo é como uma pessoa pode se dizer marxista sem ao menos saber do que está falando. Assim eu via no DA do meu curso. Todos se diziam comunistas-marxistas, mas eu não conheci nenhum dos alunos que leram, nem O Capital, nem A Ideologia Alemã, nem outra obra da extensa biografia de Marx. Mas claro que todos haviam lido O Manifesto do Partido Comunista, que é uma obra curta e de fácil compreensão (praticamente um panfleto). E a maioria dos que haviam lido as outras obras de Marx, não devem ter compreendido muito bem, pois são obras muito complexas para serem assimiladas sem orientação. Percebia-se claramente também, que alguns entraram nessa para se inserir num grupo. Para eles não faria a menor diferença se o adorado fosse Karl Marx ou Adam Smith, mas o mais importante era fazer parte do grupo.
Outra coisa comum em alguns comunistas, como os pseudomarxistas da minha antiga faculdade, é negar as atrocidades do regime stalinista. Alguns defendem que não houve repressão (assim como os que defendem que nunca existiu câmara de gás em Auschwitz). Outros dizem que os únicos reprimidos no regime stalinista foram os burgueses (a história mostra que não foi bem assim).
Sei que vou usar esta expressão um pouco fora do contexto, mas nessas horas eu recorro a Wittgenstein quando ele disse “sobre aquilo que não se pode falar deve-se calar”. Seria bom mesmo, para que esses marxistas de botequins, DAs, DCEs, Malleta, Fafich, etc, parassem de falar tanta bobagem, arrotando uma erudição que eles mesmos não têm.
Uma vez, na faculdade, um desses pseudo-intelectuais que se diz marxista me falou que não havia mesmo lido O Capital e que eu era preconceituoso, porque um autor brasileiro comunista também nunca o leu. Ou seja, justificou sua ignorância valendo-se da ignorância de outro. Justificou sua ignorância pela ignorância de um prestigiado. Desculpe meu caro, mas para você dizer que é alguma coisa, tem que ter conhecimento sobre a mesma, se não, você será como um padre que não leu o Evangelho.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Previslânia, a cigana que não se engana!


ÁFRICA

Prevejo que em breve acontecerão dois conflitos étnicos no Continente Africano. Haverá sangue, carnificina, genocídios, multidões de refugiados em busca de asilo nos países fronteiriços.
Nos dois conflitos uma tribo insurgirá contra outra. Nos dois conflitos haverá um grupo de rebeldes separatistas que poderão tomar o poder e fazer uma ditadura sangrenta no melhor estilo Idi Amin Dada. Uma imagem comum será de crianças de 12 anos carregando fuzil AR 15. Claro que haverá um dedo europeu nessa história. Várias mulheres serão estupradas e agravará o quadro de desnutrição infantil. A dificuldade de chegada de medicamentos ocasionará epidemias, onde a saúde pública já estava em estado agonizante.
Fazendas terão suas lavouras saqueadas. A minoria branca irá refurgiar-se no Egito ou na Europa, caso o país de conflito for mais para o norte. Se o país de confltio for mais para o sul, os brancos irão se refugiar na África do Sul ou também na Europa.
Agora, a diferença entre um conflito e outro é que, apesar dos dois terem motivos étnicos e territoriais, um dos países exerce uma lucrativa atividade econômica, como diamantes ou petróleo, e outro não tem tantos recursos naturais. Nos dois haverá genocídio em massa, todavia o país que exerce rentosa atividade econômica terá uma grande cobertura da imprensa internacional, enquanto o outro estará fora da agenda dos meios de comunicação.

OLIMPIADAS

Previslânia prevê os principais eventos das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro:
1- Estados Unidos e China mais uma vez disputarão o maior quadro de medalhas;
2- Haverá uma verdadeira maquiagem na cidade do Rio: mendigos e meninos de rua vão todos serem empurrados para dentro de albergues ou cadeias públicas. Quando acabar as Olimpíadas eles voltarão para as ruas;
3- Grupos de DCEs, DAs, punks, hippies, sindicalistas e outras adjacências acharão um motivo para fazer a coisa mais divertida na vida deles: um protesto anti-imperialismo;
4- Os traficantes terão um lucro jamais visto. A venda de cocaína irá aumentar em 900%;
5- Atletas de alguma delegação serão flagrados, por um paparazzo, enchendo a cara de caipirinha em Ipanema, depois de fugirem da concentração;
6- O mesmo do cinco na boite mais badalada;
7- O mesmo do cinco numa “casa de tias”;
8- A TV Globo terá exclusividade e acesso aos atletas mais bam bam bans;
9- Haverá notícias com muito alarde por uns gringos ou até mesmo atletas, sofrerem pequenos assaltos, como por exemplo, roubo de relógios, coisas que acontecem todos os dias no Rio de Janeiro;
10- Políticos e empreiteiros vão deitar e rolar (não precisa falar mais nada...);
11- Estágios de esportes sem tradição no Brasil, como por exemplo, de salto ornamental, ficarão abandonados ao relento após as Olimpíadas;
12- Haverá na abertura e no encerramento o desfile da Mangueira ou da escola de samba campeão do carnaval.






quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO







(SKINHEADS)



Desgosto de pai!

Ontem eu tive um sonho e me vi com meus 50 anos. Neste sonho, eu entendi o que é ter desgosto de pai, quando minha filha adolescente veio me falar de seu namorado. Foi mais ou menos assim:
- Pai quero lhe apresentar meu namorado. Não fique preocupado, ele é muito responsável. Já até serviu o exército. Além disso, por ser evangélico, é uma pessoa muito correta. Sem contar que tem um futuro promissor. Ele estuda Direito na Fumec.

Complexos de grandeza!

Conversa de dois estudantes da UFMG. Um de Direito e outro de medicina:
- Estudante de Direito: eu acho que eu sou Deus!
- Estudante de medicina: eu tenho certeza que eu sou Deus!

ESSA É BOA!


Estado Democrático (de errado!)

Esta coluna não visa detratar o Estado Democrático de Direito em prol dos famigerados e repressores Estados teocráticos e/ou comunistas. Tão pouco fará uma defesa utópica da autogestão ou anarquia. Como todos podem perceber, tendo para o mais radical niilismo. Todavia, não deixaremos passar batido as capenguisses da democracia no Brasil. Haja visto que, o próprio Estado não cumpre a Lei prevista na Constituição Federal, no artigo 5º, na qual todos têm direito à habitação, educação, transporte, etc (http://www.culturabrasil.pro.br/artigo5.htm). Sabemos bem que a realidade brasileira é outra. Não quero discutir com os estudantes de Direito sobre isso, pois já sei que os mesmos se sentem Desembargadores (Deusembargadores) e vão dissertar de um modo picareta sobre um texto tão claro.
Fato é também que não é novidade para ninguém que a lei no papel é uma coisa e na prática é outra: a dos ricos e a dos pobres. Na prática Brasileira, nem todos são iguais perante a lei.
Nas próximas postagens dessa coluna, vou tentar exemplificar casos que demonstra esta hipocrisia.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO







(Festa Trance)



Chuta que é designer!

Recentemente eu fiz um trabalho freelance e a empresa teve que contratar um designer como estagiário. Marcamos um encontro com um que é estudante da “Universidade” Fumec, de tarde, horário dos cursos de design, na área de convivência. Chegamos uma meia hora antes do intervalo (que na Fumec parece mais um recreio) e puta merda, deu vontade de vomitar.
Já não bastava o menino afetado que nós marcamos de encontrar, mas lá estavam uns estudantes de moda, design gráfico e, sei lá o que mais, com aquele ar que tenta mostrar-se como uma pessoa especial. Uns blasés que mais parecem umas casquinhas de sorvete, que você fura e não tem nada por dentro.
Todos com olhares mais inquisidores que a Polícia de Imigração Espanhola no aeroporto de Madrid. Parece que querem banir alguém um pouco diferente deles. Mas para eles se sentirem diferentes são todos muito iguais. Todos exibiam tatuagens, piercigins, óculos de aro preto, cintos com arrebite, etc. É como se todos fizessem parte de uma confraria e, assim, têm a obrigação de se vestirem e se portarem todos de modo igual. Esse visual carregado só pode ser para compensar um enorme vazio.
As meninas que estavam sentadas na mesa ao lado, todas muito estilosas, só falavam merda. Na outra mesa tinha um grupinho de viados preconceituosos, desses que têm prazer de olhar de cima a baixo alguém para depois fazer cara de cu. Em outra tinha um dj de Obra e Mary in Hell, que se vangloria por pegar um tanto de músicas sacadas ou umas porcarias que eles denominam como indie rock, para depois apertar o play.
Daí chegou o cara que havíamos marcado o encontro com os seus trabalhos acadêmicos, como forma de portfólio. Ele ainda foi camarada e criou sua própria concorrência. Levou os trabalhos de alguns amigos também. Nisso, deu para ver o quanto esse povo é só imagem. Eu entendi que aquele jeitinho apático dos estudantes de design é para esconder a farsa que eles são. Eles não entendem de nada, os trabalhos acadêmicos são uns lixos, não sabem nada sobre arte e escrevem muito mal. Um bando de analfabetos bem vestidos. Uma laia que compensa o seu vazio e a sua burrice no visual e no ar soberbo.
Se você é designer saiba que não estou falando mal de sua categoria profissional e sim dessa turma que, sustentando essa imagem, acha que conseguirá entrar para o fantasioso mundo das celebridades.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Previslânia, a cigana que não se engana!


Esta é a nova coluna do blog na qual a cigana Previslânia faz as mais acertadas previsões. Querendo contratá-la deixe um recado no blog.

O ex-deputado federal Hildebrando Pascoal foi condenado na semana passada, após quatro dias de julgamento, a 18 anos de reclusão fechada, pela Justiça do Acre. Sua lista de acusações é grande: chefiou o crime organizado no Acre; chefiou um esquadrão da morte formado pelo aparato estatal (ele é coronel reformado da Polícia Militar); dois homicídios de testemunhas de acusação; crime eleitoral (trocando voto por cocaína) e; corrupção.
O julgamento da semana anterior foi pelo “crime da motossera”. Na ocasião, ele matou sobre tortura Agilson Santos Firmino, mais conhecido como Baiano. Hildebrando, com uma motosserra, cortou braços, pernas e pênis da vítima. Ainda furou os olhos dele e cravou um prego em sua cabeça. Não satisfeito, matou o filho da vítima de 13 anos e desfigurou seu corpo com ácido. Baiano foi morto por não saber o paradeiro de seu patrão, suspeito de assassinar um dos irmãos de Hildebrando.
Este julgamento deu mais trabalho que o previsto para a justiça do Acre. O ex-deputado é tão casca grossa, que quatro jurados pediram desligamento com o caso com medo das represálias. Sem contar com as constantes ameaças que os parentes das vítimas vinham sofrendo. Ele também é acusado de matar outras quatro testemunhas.
Há relatos que, quando o ex-deputado comandava o esquadrão no Acre, as pessoas que eram mortas pelo seu grupo, tinham os corpos decepados e jogados na rua. Era um duplo recado. Um para seus inimigos. Outro para a polícia, avisando que aqueles crimes foram cometidos pelo grupo de Hildebrando e, por isso, não eram para ser investigados.
A verdade é que Hildebrando só foi a julgamento porque a imprensa ficou em cima. Se não ele estaria solto até hoje.
Neste fim de semana, durante uma conversa de boteco, me falaram de uma iniciativa que vem sendo adotada no Brasil, chamada "Adote um Político", oriunda do site italiano Openpolis. Quem se inscreve neste site fica responsável por acompanhar um político e divulgar suas ações, legais e ilegais. Bom, se alguém quiser fazer isso se metendo com os políticos do Norte e Nordeste do Brasil é bom já fazer um seguro de vida e reservar uma cova no cemitério.
Mas, vamos ao que interessa. Na previsão da cigana, Hildebrando cumprirá sim os 18 anos de pena (ele já cumpriu 13 à espera do julgamento). Mas, como sempre acontece no Brasil, depois de cerca de 10 anos de regime fechado, ele cumprirá o resto da pena ou com regime semi-aberto ou com prisão domiciliar.

Babacarack Obamis é legal

Quando Babacarack Obamis fizer a primeira visita ao Brasil o que irá acontecer:
1 – Visitará o Pelourinho em Salvador e a Favela da Rocinha no Rio de Janeiro;
2 – Receberá de presente uma camisa da seleção brasileira entregue por Pelé;
3 – Representantes do movimento negro irão tumultuar em todos os lugares que ele estiver;
4 – DAs e DCEs de todas as universidade acharão um pretexto para encherem vários ônibus e se divertirem com um protesto antiamericano qualquer;
5 – A TV Globo terá exclusividade em alguma entrevista, ainda que rápida, e será exibida no Fantástico;
6 – Ele será recepcionado com um pequeno show de Roberto Carlos, ou Chico Buarque, ou Caetano Veloso, ou Gil, ou Milton, ou Gal, ou, ... algum bam bam bam.




quinta-feira, 24 de setembro de 2009

O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO











Vai falá isso pás suas nêga!

A atriz do seriado True Blood (e modelete nas horas vagas) Anna Paquin disse em entrevista à revista Nylon que não acha interessante ou chocante um corpo nú. Ela mesma já apareceu pelada no seriado. Aposto que se ela pensar na grana que deu a audiência, começa a achar interessante rapidinho.




O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO











Vale à pena mentir em investimentos a longo prazo. A memória é curta mesmo!

Lembro que em 2007, quando o Brasil ganhou a competição para sediar a Copa do Mundo de 2014, muitas exigências vieram à tona. Uma das imposições da Fifa era a reforma dos estádios. O governo brasileiro, antes mesmo que as críticas começassem a surgir, já veio com algumas respostas prontas. Uma crítica já bem previsível era se o governo tinha dinheiro para investir num gasto supérfluo, uma vez que mal tem dinheiro para a saúde e educação. Bom, não vou aqui refletir se esta crítica é ou não é pertinente. Mas fato é que a resposta pronta foi que os estádios seriam reformados com verbas da Parceria Público Privado (PPP). Me recordo muito bem que falavam que a maior parte da verba viria do setor privado. Ao meu ver, seria a melhor coisa a acontecer. Todavia, dois anos se passaram e o que eles disseram já saiu da memória do povo. O Mineirão mesmo terá 75% do valor de sua obra financiada pelo BNDES. Só o BNDES (ou seja, o Estado) gastará 400 milhões de reais nesta obra. O governo do Estado de Minas desembolsará 100 milhões, mas junto com a iniciativa privada. Vai ter muita grana circulando, e é claro que os políticos não deixariam este filão todo nas mãos dos empreiteiros. Se não, como eles vão garantir o leitinho das crianças?

REPRESENTAÇÕES TEATR... OPS! POLÍTICAS!


É BRICANDEIRA!

O jogo da política é uma brincadeira mesmo. Vale tudo para ganhar, inclusive angariar cabos eleitorais mais sujos que pau de galinheiro. Se é ladrão de salário de pobre tá valendo também. Este encontro de Dilma com Crivella (bispo da Igreja Universal) e o casal Estevam e Sônia Hernandes (bispos e donos da Igreja Renascer) mostra mais uma vez que não exite defesa ideológica. É o fim da história na política. Os novos rumos da política são ditados mesmo pelos marketeiros. Todo mundo já sabe que os líderes evangélicos exercem um papel teocrático na massa do eleitorado protestante. Em quem eles indicam os crentes votam. A perua da Renascer (que a pouco tempo estava com a corda no pescoço, junto ao maridão, com a justiça estadunidense) ainda abençou Dilma.
No passado, ela devia arrotar a defesa do ateísmo até falar chega com seus amiguxos esquerdistas. Mas agora ela tem que entrar na dança. Isto me lembra que na época do governo de FHC, numa viagem a Juazeiro do Norte (CE), que ele rezou sobre o túmulo de Padre Cícero. FHC sempre se declarou ateu, mas não se esqueceu que o povo do nordeste ama e venera o Padim Ciço, e das benécies que isso traria a ele nas próximas eleições.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO











REPRESENTAÇÕES TEATR... OPS! POLÍTICAS!


INTERNACIONAL

BABACARACK OBAMIS É LEGAL
O presidente Babacarack Obamis desistiu da criação do Escudo antimíssil instalado na Zoropa para se defender das possíveis ameaças de Moscou. O fantoche do Putim, o primeiro-ministro Mikhail Fradkov, deu uma declaração apoiando Babacarack e disse que está disposto a aproximar os laços com o ocidente (embora, fora do palco, esses laços já estavam se fortalecendo).
A verdade é que, apesar do mundo está saindo da recessão econômica, a crise continua, e ainda tem muito abacaxi para os EUA descascar. Não é a melhor hora para investir bilhões de dólares em planejamentos lunáticos iniciados pelo Busho. Só mesmo no Brasil, que sempre vai na contramão da história, começa sua corrida armamentista com essa licitação internacional bilionária para a compra dos caças (enquanto isso nas favelas...).
A assessoria de Babacarack brilhou. Assessores sempre conseguem transformar um ato prático (como esse, que é mais econômico do que tudo), em um ato nobre. Eles são os verdadeiros fabricantes de heróis. Para o público o que Babacarack fez foram as pazes Putim, ao invés de cortar uns gastos.
Mas Babacarack na sua bondade santa não deixará seus amiguinhos da Zoropa na mão não. Vai criar um projeto parecido, mas gastando bem menos dindim para se defender da nova ameaça: Teerã. É claro, para ser herói precisa de inimigos. Esta é a prática que Babacarack (e todo o resto) faz com o Irã. Esta é a prática que os Sultões fazem com os EUA. Afinal de contas, a peça tem que continuar.
NACIONAL
A VELHA GAGA
Atenção políticos é hora da festa. Mudem de partidos para que melhor lhes atendam na costura. Faltam apenas 9 dias para entregarem suas filiações ao TSE. Afinal de contas, para que ideologia? Ela já é uma velha gaga. A sua memória é preservada nessas duas grandes obras da dramaturgia política: partidos e eleições. Porque se não, para o eleitor que ainda acredita e gosta de discutir de política, que graça terá? O público (eleitor) precisa acreditar que a ideologia é ainda a força motriz dos políticos. A nova tendência que tem muito mais jovialidade é o interesse próprio. Na verdade o interesse próprio é tão velho quanto a ideologia, mas para os políticos ele está lúcido, enquanto a outra gaga.A escola ideológica serve apenas para ajudar na representação.
Mas atenção! Aproveitem agora! Estão querendo acabar com aquela festa que tem depois da posse. Pode ser que com a reforma política acabe com a infidelidade partidária. Querem acabar com aquelas grandes festas promovidas com as legendas de aluguel. Vai ser difícil sair do PSC e entrar no DEM.
Porém, não se preocupem tanto. Se a lei de fidelidade partidária for aprovada vai ser só mais difícil mudar de partido mas não impossível. A assessoria jurídica de vocês, encontraram brechas na lei. Há muitas brechas no Brasil que continuarão a manter esta festança. Sem contar que a lei no Brasil não funciona para os poderosos. Que diliça hein!?


O QUE A FALTA DE CORO PODE FAZER COM O SEU FILHO












terça-feira, 22 de setembro de 2009

Escolinha Universitária

Na semana passada, precisei ir à minha antiga faculdade para resolver uns assuntos burocráticos. Sai ano entra ano e nada lá muda. Vou dar nome à vaca: é a “Universidade” Fumec. A única coisa que mudou (e foi para pior) foram as catracas para “aumentar a segurança dentro da ‘Universidade’”. Mas é ridículo isso, pois uma das catracas tem acesso liberado para não estudantes e não funcionários. Eu mesmo entrei lá como um ex-aluno. Se alguém quiser entrar lá e fazer qualquer tipo de merda, faz entrando por essa catraca. O pior nem é isso, porque se essas catracas tivessem uma eficácia na segurança das pessoas que fazem parte da “Universidade” eu nem acharia tanta graça. Se evitasse mesmo que um crime fosse cometido lá dentro, eu me sucumbiria a mais esse cerceamento da liberdade e pensaria mais uma vez como “um mal necessário”. Ali está mais do que claro que aquelas catracas são para inglês ver. Essas catracas só me fazem confirmar um problema maior: aquilo não é uma Universidade, tampouco é uma faculdade, no sentido acadêmico. Aquilo é um colejão travestido de academia. Aquilo é uma Escolinha Universitária.
Não quero fazer aqui uma crítica ao corpo docente. Há muita eficiência no ensino em boa parte dos professores de lá. Muitos apresentam um cabedal de conhecimento incrível. O problema da Fumec são a administração e os alunos. Mas principalmente os alunos. A administração da Fumec é por conferir tanto poder aos alunos. Digo, com propriedade de quem estudou na instituição por quatro anos, que faltou coro em 90% dos alunos de lá. Faltou que eles levassem umas cintadas quando crianças. Os professores da Fumec, na maior parte das vezes, são reféns dos alunos. Às vezes reféns de uma sala inteira.
Uma prática rotineira dos alunos de lá é a chantagem, cometida de várias formas. Já vi muitas coisas acontecerem lá para acuar os professores, e os alunos assim conseguirem boas notas (ou pelo menos a média delas) e não para não serem reprovados por conta da frequência. Na “Universidade” Fumec reina a lógica clientelista, de que o aluno paga o salário do professor, então ele deve ser tratado como um cliente e no jargão do comércio “o cliente tem sempre razão”. Nisso, o ambiente acadêmico vai para o buraco e lógica mercadológica é que sobressai. E digo a vocês que eu reparei lá que o aluno (cliente) quase nunca tem razão. Eu também contestei muitos professores e cheguei até a discutir e brigar com alguns, por questões de discordâncias no âmbito acadêmico ou por considerar algumas questões injustas. Mas nunca usei de ameaças e chantagens como é de praxe com aqueles filhinhos de papais.
Na minha época existia uma avaliação semestral na “Universidade” Fumec (não sei se ainda existe) na qual os alunos preenchiam um questionário e davam nota aos professores. Primeiro era por um papel impresso. Depois eles colocaram dentro do site da Fumec num link na área do aluno. Não me lembro bem se era nota de 1 a 10 ou se era do tipo “você acha este professor péssimo, ruim, regular, bom ou ótimo?”. Eu sei que eu ficava indignado porque vi que a maioria dos alunos votava levando muito mais para o lado pessoal do que realmente preocupados com a qualidade do ensino. Um professor um pouco mais exigente se fodia nesta avaliação. Era a hora da vingança do aluno. Então, imagino que a maioria dos professores passava a exigir menos dos alunos, uma vez que temiam que esta avaliação comprometesse seu ganha pão.
Aliás, os professores da Fumec, de uma forma de outra, têm que se adequar a um perfil que os alunos gostam. Se um professor for um pouco mais rigoroso é bem provável que os alunos organizem um abaixo assinado exigindo a sua demissão. Havia uma professora com um excelente cabedal de conhecimento e que exigia um pouquinho mais dos alunos (e essa exigência era pouca coisa mesmo). Ela já estava em idade idosa, porém isso não afetava seu desempenho. Era uma excelente professora e uma pessoa muito agradável e atenciosa dentro e fora da sala de aula. Muitos alunos partiram para uma questão de ordem física com um pretexto de atacá-la e denegrir a sua imagem. Vi muitos alunos se referindo à ela como “a velha e gorda”. E eram todos uns aluninhos vagabundos. Um bando de cretininhos. Você vê claramente que os pais passavam a mão na cabeça por tudo que eles faziam de errado. Nunca vi um bom aluno partindo para uma crítica tão grosseira. Eu, sinceramente, não me assustaria se um professor negro, na “Universidade” Fumec, fosse rechaçado pelos alunos por questões étnicas. Nunca vi isso acontecer, mas lá é bem provável que isso aconteça. É a cara de lá. Se um professor sair demais da linha até veado ele vira.
Com outra boa professora que não admitia conversas paralelas dentro da sala de aula os alunos fizeram para ela uma comunidade no Orkut que denegria sua imagem e seu comportamento. O pior de tudo é que eram estudantes de comunicação social. Não tiveram nem um pouco de reflexão ética ao criarem esta comunidade.
Também professores com visões polêmicas, que destruíam um pouco da crença sobre o mundinho de alguns alunos sofriam retaliações. Alguns tiveram o nome levado à coordenação de curso. Professores com linguajar mais escrachado também eram alvo de reclamações. Já o linguajar podre dos play boys era aceito sem contestação entre os alunos. Nada podia sair do Fumec way of life.
E o engraçado nisso tudo é que a maior parte dos alunos não fazem absolutamente nada. Vivem ou jogando truco numa área de convivência que mais parece o Gigabyte da Malhação ou nos botecos na porta da faculdade. Se você passa na porta de um desses botecos, vê o nível de alienação. Quando Ernest Hemingway escreveu O Sol Também se Levanta criticando uma geração perdida e alienada da década de 20, não sabia o que estava por vir. Se este autor passasse na porta de um desses botecos e visse aquelas meninas com a mesma roupa que usam para ir às boites nos fins de semana (a quem diga que a Fumec é a Fumec Nigth Club), ou aqueles bombadinhos que fazem questão de exibir suas tatuagens tribais, ou aqueles frequentadores de festas trance com aqueles cabelos dreadlocks nojentos, teria se suicidado de novo. Os alunos-clientes reclamam e exigem tanto seus “direitos”, mas se esquecem das vezes que ficaram no bar enchendo a cara e escutando aquelas famigeradas bandas de reggae pasteurizado como Natiruts e uma porcaria belorizontina entitulada como Manitu. Por essas preferências culturais você confirma o nível de alienação. Não sou muito fã de reggae, mas aposto que a galera da raiz deve se sentir muito decepcionada com essa geração deturpadora. Se estes caras dessas bandinhas fossem à Jamaica, levariam porrada dos rastáfaris que, ao contrário que as pessoas pensam, de paz e amor nunca tiveram nada.
Uma vez eu conversei com um funcionário da biblioteca. Eu ouvi da boca dele que os alunos só vão lá para pegar livros quando o professor exige aquele para bibliografia nos trabalhos acadêmicos. São pouquíssimos que frequentam a biblioteca por interesse próprio. Mas os botecos e a área de convivência estão sempre lotados. Ler não é um hábito muito frequente entre os alunos da “Universidade” Fumec. No curso de jornalismo, que é essencial a leitura, são pouquíssimos os que se interessam.
Olha que eu digo isso tudo, mas nem fui um aluno cu de ferro. Eu também, algumas vezes, matei aula quando estava indisposto, deixei de entregar trabalhos, dormi até mais tarde por ter passado algumas noites na gandaia e, sempre chegava atrasado. Todavia eu tive interesse a todo tempo de aprender e não de fazer tudo só para passar, como faz a maioria. Não deixei que essas falhas, das quais eu nem tenho culpa, atrapalhassem de forma significativa minha formação. A maioria dos alunos não estão interessados no aprendizado e sim em passar, ainda que com uma nota mínima.
Os assuntos que reinavam entre os alunos era futebol e carro. Entre as meninas eram cosméticos, ou com quem elas ficaram no fim de semana, ou sobre a novela. Isto fora e dentro de sala sem o menor respeito pelo professor. Você pode até me dizer que isso não é exclusivo da Fumec, que é típico das faculdades particulares. Mas eu acredito que a Fumec tem um realce nesse aspecto. Aliás, aquele lugar é um fenômeno que merece uma análise de algum cientista social. Para se ter uma ideia, a maior parte dos alunos da “Universidade” Fumec escolheram estudar lá por conta da localização. Era o que muitos me falavam, uma vez que a maior parte mora em bairros nobres da Zona Sul de Belo Horizonte.
Daí, tirando por base disso tudo que eu falei qual a moral que estes alunos têm de fazerem uma avaliação semestral com os professores? A única “moral” é de um cliente que exige seu produto final sem muito esforço: o diploma.