quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Vale à pena mentir em investimentos a longo prazo. A memória é curta mesmo!

Lembro que em 2007, quando o Brasil ganhou a competição para sediar a Copa do Mundo de 2014, muitas exigências vieram à tona. Uma das imposições da Fifa era a reforma dos estádios. O governo brasileiro, antes mesmo que as críticas começassem a surgir, já veio com algumas respostas prontas. Uma crítica já bem previsível era se o governo tinha dinheiro para investir num gasto supérfluo, uma vez que mal tem dinheiro para a saúde e educação. Bom, não vou aqui refletir se esta crítica é ou não é pertinente. Mas fato é que a resposta pronta foi que os estádios seriam reformados com verbas da Parceria Público Privado (PPP). Me recordo muito bem que falavam que a maior parte da verba viria do setor privado. Ao meu ver, seria a melhor coisa a acontecer. Todavia, dois anos se passaram e o que eles disseram já saiu da memória do povo. O Mineirão mesmo terá 75% do valor de sua obra financiada pelo BNDES. Só o BNDES (ou seja, o Estado) gastará 400 milhões de reais nesta obra. O governo do Estado de Minas desembolsará 100 milhões, mas junto com a iniciativa privada. Vai ter muita grana circulando, e é claro que os políticos não deixariam este filão todo nas mãos dos empreiteiros. Se não, como eles vão garantir o leitinho das crianças?

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